Por: Caio Fábio
Casar em estado de “jugo desigual” é uma miséria!
Paulo diz:
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos”.
Na realidade a pessoa tem que se por sob tal jugo, para que seja um estado de desconforto assumido pela própria pessoa, pois, do contrário, não tendo sido fruto de escolha, ainda que equivocada, é a própria escravidão em estado natural.
Entretanto, no inicio, a pessoa “se põe” sob o tal “jugo”, sem saber com quantos paus se faz uma cangalha...
A pessoa é legal, é charmosa, diplomática, bonita, agradável, cheia de favores e promessas, ou, então, é rica, ou é culta, ou é articulada, ou é civilizada, etc. — e, o outro, o que pensa que conhece a pessoa pela fachada, diz: Aqui estou bem parado!...
Então vem a vida... Com seu rolo compressor de realismo, e, não muito tempo depois, o que era belo vai mostrando feiúras, o que era gentil vai expressando grosserias, o que era amável se torna gradativamente amargo...; e, depois de um tempo, a pessoa se pergunta: Onde foi parar aquela pessoa que um dia eu conheci?
A ênfase de Paulo, todavia, recai sobre o “jugo desigual” como falta de comunhão entre homem e mulher, no caso do casamento; embora a gente possa se por em muitas formas de jugo desigual.
E mais:
Paulo enfatiza o “jugo desigual com os incrédulos”.
Ora, assim fazendo ele nos faz pensar que se o simples jugo desigual do ponto de vista de modos, jeitos, tratos, caráter, atitude, humor, nível de entendimento, etc., já seja uma droga, então, se adicionarmos a tudo isso uma boa dose de total incompatibilidade em relação ao sentindo mais essencial das coisas: a fé da pessoa no Evangelho... — a vida se tornará uma miséria.
No fim ele diz em I Co. 7 que todo jugo desigual é escravidão para a alma do discípulo, chamado para a liberdade de consciência em Cristo.
Ora, qualquer um pode escolher errado mesmo quando as aparências sejam boas...
O problema é que a maioria já escolhe aquilo que só terá bom resultado se a pessoa também ganhar na loteria, e o azar se tornar sorte...
Do contrario, a maioria se põe mesmo, deliberadamente, em jugo desigual com o incredulão, desde que ele/ela sejam “bons de chegada” ou “bons de pegada”.
Muitas vezes o “desigual” não precisa ser tão ilusivo..., posto que tanto a “carência afetiva” das pessoas seja enorme, como também exista uma dose avantajada de fetiche oculto nas decisões de morte que as pessoas fazem.
Sim, tem gente que só tem tesão se o jugo for bem desigual e bem incrédulo!...
Tem gente que ama gente problemática...
Tem gente que faz qualquer coisa para ter uma parceiro/a de boa aparência...
Tem que gente que luta contra a verdade, mas se casa com a morte, se ela se apresentar sexualmente ativa, por exemplo.
O fato é que gente boa está em baixa... Todo mundo acha legal, mas pouca gente quer levar para casa...
Então, unem-se ao que será dor e dor, mas vão assim mesmo!...
Depois de um tempo ficam se indagando por que as coisas são tão infernais.
E mais:
Pensam que jugo desigual só acontece com gente de fora da “igreja”.
Ora, a simples leitura do meu site demonstra de modo inequívoco que os crentes existem em estado de jugo desigual com os crentes, pois, de fato, ser “de igreja” não significa mais nada hoje em dia.
Tá todo mundo pirado!...
Não sei que droga tomaram... Deve ter sido um ácido chamado TP, uma droga de êxtase de Prosperidade...
O fato é que a moçada surtou geral...
Hoje, se alguém diz que é de “igreja” não diz nada além de afirmar que já se pode saber que ele tem um monte de problemas, compulsões, taras, manias, esquisitices, interesses rasos, e muito culpa disfarçada de juízo moral...
Portanto, a fim de não cair em jugo desigual com os incrédulos, a pessoa tem que comer muito sal com a outra, e tem que não andar impressionada com coisa alguma, apenas interessada em ver se a vida da pessoa dá testemunho da verdade.
Qualquer outro critério é desastroso.
Sem falar que, além disso, ainda se tem que amar a pessoa no nível da relação proposta, no caso, o casamento...
Ou seja: além de ser quem é..., a pessoa também tem que ter significado afetivo, sexual e mental para a outra pessoa.
Do contrário, mesmo que se case com um anjo, se não houver amor, aí haverá um jogo desigual; ainda que seja com um bom irmão na fé; posto que sem amor, toda conjugalidade existe em jugo desigual.
Isto sem falar que mesmo quando tudo casa/no/ casamento, ainda assim se tem que saber que jugo não-desigual não significa uma existência sem transtornos.
Claro que não. Há dias desiguais... Há famílias desiguais em ambos os lados... Há personalidades desiguais... Há maturidades desiguais... Enfim, há a diferença humana e as heranças de cada um, sem falar que cada um é único, e, portanto, tem que ser abraçado em sua singularidade, embora, mesmo para os mais maduros, sempre haja sobes e desces; e alternâncias de humor e circunstancias; e tudo mais que faz cada dia ser apenas aquele dia para cada pessoa...
Portanto, melhor do que casar é conhecer com quem se casa. Pois, nesse caso, a pressa, ou a impressão apenas estética, ou mesmo a crença de que se for “de igreja” é gente boa e certa — o não que passa de mito —, trás, em geral, muita dor para quem se ilude com essas coisas.
A maioria, no entanto, “se põe” em “jugo desigual” por uma convenção, por uma obrigação, e por mero dever de satisfação social e religiosa; pois, casamento não é mandamento; e, muito menos, solução para nada.
Entretanto, em geral, a pessoa tem que amadurecer na consciência a fim de me entender... Outras vezes tem que apanhar muito a fim de compreender a sabedoria do que estou dizendo.
Mas se houver ainda algum jovem não precipitado e não aparvalhado ente as obrigações e convenções de “normalidade”, não se sentindo obrigado a ter que se casar por causa da hora, ou das demandas... — pense no que digo; e saiba que, de um modo ou de outro, expresso aqui o espírito do que Paulo disse escrevendo aos Corintios, no capitulo sete.
Nele, que ensina que o amor não tem pressa, pois, é paciente,
Caio
Fonte: facebook
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