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O Neopentecostalismo e a ética cristã - por Johnny T. Bernardo

por Johnny T. Bernardo
“Crédito ou débito? – Quem pergunta é o pastor da Igreja Internacional da Graça de Deus que recolhe o dízimo e outras doações munido da máquina para registrar operação com cartão de crédito.” 
O trecho acima introduz a matéria Templo é dinheiro, da jornalista Sarah Corazza, da revista paranaense Ideias. A matéria é resultado de um mês de visitas a templos neopentecostais de Curitiba, quando a autora constatou que os “neopentecostais fazem sucesso de público e de bilheteria.” Segundo Corazza, houve um tempo em que Curitiba era conhecida como a “cidade das farmácias”, dada a quantidade de farmácias por metro quadro. Hoje a realidade é outra: são os templos neopentecostais que chamam atenção.
Presentes na capital paranaense desde pelo menos o começo dos anos 80, uma das que mais se destacam é a IURD, que, segundo a reportagem, adquiriu a antiga fábrica Matte Leão para abrigar o seu rebanho que não para de crescer. A jornalista atribuí tal façanha ao crescimento desenfreado e ambicioso dos cofres da instituição.
“Logo se vê que as neopentecostais fazem sucesso não apenas de público, mas também de bilheteria. É incalculável o que arrecadam diariamente. O suficiente para abrir templos e também para financiar o proselitismo eletrônico que ocupa boa parte do horário televisivo e radiofônico. Isso custa dinheiro. Muito dinheiro. Tanto que a Universal do Reino de Deus, do financista e bispo Edir Macedo, comprou a sua própria rede de televisão.” [1]
O que vemos em Curitiba se perpetua por todo o país e atravessa as fronteiras, com adeptos nos EUA, Europa e também nos países abaixo do Saara. Não apenas a IURD, mas também boa parte das igrejas neopentecostais vivem o bom da ignorância de milhares de brasileiros que diariamente peregrinam para seus templos em busca de cura e prosperidade. São massas sem doutrina que orbitam em torno de crendices populares e sessões de descarrego da Igreja Universal, passando pelas campanhas do sabonete ungido da Graça de Deus e do lenço abençoado do Valdomiro. Isaltino Gomes Coelho completa.
“As igrejas neopentecostais, e a IURD é o maior exemplo, não são compostas de pessoas envolvidas em uma Koiononia cristã. A maior parte não se conhece. Não há um projeto eclesiástico comum aos frequentadores, que são apenas clientes que buscam uma resposta mágica para seus problemas”. [2]
Essas igrejas, diria Antonio Gouveia Mendonça em sua obra “O Neopentecostalismo, Excerto de Estudos da Religião”, são controladas por pessoas ou por grupos sem dever para com os clientes, a não ser passar-lhes um produto, normalmente sob contribuição financeira. São usuários sem os direitos e sem um procon ao qual recorrerem. Consomem o produto, mas não têm poder de ingerir no sistema.
De acordo com o sociólogo Ricardo Marinho, autor de “Neopentecostais – Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil” -, “a preocupação dos neopentecostais é com esta vida. O que interessa é o aqui e o agora”. Essa citação consta da matéria “Evangélicos, quem são eles, por que crescem tanto e o que essa expansão significa para o Brasil e para o mundo”, publicada em fevereiro de 2004 pela revista Super Interessante. Nela, o jornalista Sérgio Gwevman faz uma análise do crescimento dos evangélicos brasileiros e atribui ao Neopentecostalismo um papel central nessa expansão. Uma das características do proselitismo praticado pela IURD, segundo Gwevman, é a atribuição aos demônios boa parte dos males que atingem os fieis.
“Para os neopentecostais, os homens não são responsáveis pelos atos de maldade que cometem: é o Diabo que os leva a pecar. Numa sessão de descarrego da Igreja Universal, o pastor explicou que, se o fiel enfrenta um problema há mais de três meses, é provável que esteja carregando um encosto. ‘Se a dificuldade completar um ano, daí não há dúvida: a culpa é do demônio’, disse a congregação. Ele não se referia só a entraves financeiros ou comportamentais. A receita vale para tudo, inclusive para doenças incuráveis. Assim, expulsar o demônio do corpo é a receita única para todos os males, de casamento infeliz até câncer no pulmão”. [3]
Wemerson Marinho, em sua análise “Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecostal” levanta estas e outras questões relacionadas ao sistema litúrgico e isolamento espiritual que são submetidos os frequentadores das igrejas neopentecostais. Ele cita, entre outras coisas, a falta de uma liturgia eclesiástica e a pouca atenção dada às Escrituras Sagradas como a única regra de fé e conduta.
“Os neopentecostais afirmam que a Bíblia é a Palavra de Deus e, com isto, nós concordamos. Mas para eles, a palavra dos “profetas”, dos visionários, também é a Palavra de Deus. E, por isto, baseiam suas vidas e suas doutrinas também em visões, ‘novas revelações’ e em experiências místicas.” [4]
Esse é o ponto “x” da questão colocada pela maioria dos estudiosos do movimento, ou seja, a falta de uma doutrina sólida acompanhada de um discipulado sistêmico e bíblico. Há casos de indivíduos que se deixam batizar por mais de cinco vezes nos templos da IURD por acreditar que tal prática irá “purificá-lo por completo” (sic) como se as águas batismais possuíssem qualquer poder a não ser o simbolismo que proporciona aos verdadeiros nascidos da água e do Espírito.
É a falta de uma hermenêutica sadia a causa da maioria das crenças e práticas impuras praticadas pela liderança da IURD, segundo conclui o dossiê “Análise da Teologia e Práxis da Igreja Universal do Reino de Deus” publicado pela Igreja Presbiteriana do Brasil e que se encontra disponível no livro “Igreja Universal do Reino de Deus – Sua doutrina e prática” (S. Paulo: Editora Cultura Cristã, 1997 p. 28). O documento faz a seguinte afirmação com relação à maneira como os líderes da IURD interpretam as Escrituras.
“O método de interpretação das Escrituras utilizado por bispos e pastores da IURD consiste em geral numa atualização ou transposição das experiências religiosas de personagens bíblicas para os dias atuais. Isto ocorre em virtude do que entendem ser a Bíblia. Macedo não parece ver a Bíblia como a revelação proporcional de Deus, mas como um livro de experiências religiosas, que começa com Israel no Velho Testamento e termina com a humanidade em Apocalipse, experiências estas que podem ser repetidas nos mesmos moldes, nos dias atuais.
Assim, a repetição ou re-encenação de episódios e eventos bíblicos é utilizada como ferramenta que lhes permite usar as Escrituras como base de sua prática… Por exemplo, assim como Noé fez uma aliança com Deus, podemos nós também fazê-la. Assim como Josué cercou as muralhas de Jericó e ao som de trombetas elas caíram, assim podemos cercar as muralhas das dificuldades e problemas e derrubá-los em nome de Jesus (usando uma trombeta de plástico e uma muralha de isopor). A vara que Moisés usou, o cajado de Jacó, os aventais de Paulo – todas estas coisas, e muitas outras tiradas das histórias bíblicas, se tornam tipos da utilização de apetrechos semelhantes, aos quais é atribuída (apesar das negações em contrário) algum valor espiritual na resolução de problemas”. [5]
Leonildo Campos, usado como referência pelo dossiê, faz coro ao dizer que a Bíblia é muito mais que um depósito de símbolos, alegorias e de cenas dramáticas ou até um amuleto para exorcizar demônios e curar enfermos do que a Palavra de Deus, encarada por outros protestantes como “regra de fé e prática”, e para os fundamentais, a “regra infalível”. Campos é autor do livro “Teatro, Templo e Mercado” (S. Paulo: Simpósio Editora, 1999, p. 82) onde faz uma análise do uso da fé como instrumento de riqueza pelas igrejas neopentecostais e demais grupos positivistas.

Superficialidade e engodo psicológico
Devido à ênfase na liturgia envolvente, curas e exorcismos, os neopentecostais são na sua maioria superficiais na fé e no conhecimento das Escrituras, segundo expõe Marinho em “Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecostal”. Não somente isso, mas também a falta de uma doutrina bíblica e discipulado fazem com que os indivíduos que recorrem aos templos neopentecostais permaneçam ignorantes em suas crendices e continuem a praticá-las. Nesse ponto, a IURD se assemelha ao catolicismo ao incorporar todo tipo de religiosidade oferecendo-lhe valores cristãos, ao mesmo tempo em que libera seus dizimistas para que frequentem outros locais de culto e não tenham que se submeter aos princípios bíblicos e cristãos.
Por outro lado, existe uma tentativa de “isolamento” desses indivíduos, tirando-lhes sua capacidade de discernimento e/ou compreensão dos fatos que ocorrem em seu entorno. Um exemplo disso é o uso da psicanálise nas reuniões da IURD, como revela o artigo A ciência dos transes (Época, 28 de abril, 2003) que compara as práticas neopetencostais aos princípios psicológicos defendidos por Emile Durkhein (autor do estudo sobre a função dos transes nas sociedades primitivas) e o neurologista Jean-Martin Charcot (que mostrou como as técnicas de hipnose induzem as incorporações de “espíritos”). Na matéria, a revista cita uma declaração de uma ex-fiel da Igreja Universal que revela como os bispos e seus auxiliares aprendem a induzir o transe.
“Quando a pessoa está tonta, fica mais aberta para manifestar os demônios”, diz a obreira Aparecida Santos, ex-fiel da Igreja Universal, atualmente na Igreja Internacional da Graça de deus. Ela costuma pôr a mão na cabeça dos fieis e fazê-la rodar. Outro recurso que funciona é tocar músicas altas no teclado, com acordes bem tenebrosos. ‘Porque o demônio não gosta de silêncio’, explica a obreira. Aparecida aprendeu as técnicas do exorcismo na Universal, onde passou cinco anos como auxiliar de pastores.” [6]
Outro recurso utilizado pela IURD é o chamado “Jejum dos 21 dias” período em que os fieis devem se concentrar nos discursos da igreja e se isolar do mundo externo, sendo proibidas de ter acesso a qualquer tipo de informação, seja por meio de jornais, sites, rádio ou televisão. “O Bispo Romualdo e os pastores têm sugerido acessar apenas o blog do Bispo Macedo onde haverá textos para meditação nesse período de Jejum”, revela o frequentador Alexandre Fernandes em uma página da web.
O objetivo do “jejum da separação”, segundo os líderes da IURD, é a busca de uma vida espiritual equilibrada. No site IURD.pt encontramos a seguinte afirmação.
“O jejum, para muitos, indica apenas o abster-se da bebida e da comida, e esse é o jejum normal. Já o santo jejum não está relacionado só com isso. E o que é que o/a impede de estar em espírito? Por exemplo, ler livros ou revistas que não falem de Deus, ouvir músicas ou notícias que não falem de Deus, ou seja, que não o/a conectem a Ele e não alimentem o seu espírito.
Iremos fazer um jejum que inclui não assistir televisão, não usar a Internet, não ler revistas e livros, etc. Vamos orar três vezes por dia, de manhã, à tarde e à noite, e você vai fazê-lo e vai-se santificar, fortalecer e investir no seu espírito, para que seja cheia d’Ele”
Apesar do objetivo aparentemente louvável da Igreja Universal, existe por trás um engodo psicológico perigo e que nos remete aos grupos conhecidos como “seitas destrutivas”. Tais segmentos recrutam novos discípulos com promessas de cura, prosperidade e encontro com Deus. Uma vez fisgado, o indivíduo é convidado a se juntar à igreja e se afastar de tudo que possa impedi-lo de desenvolver sua espiritualidade, como familiares e amigos próximos. A partir de então ele passa a pertencer à comunidade, isolando-se física e psicologicamente do mundo exterior. Nestas condições, a manipulação ou lavagem cerebral torna-se fácil, fazendo com que o novo discípulo concorde em entregar suas economias e se dedicar exclusivamente à comunidade religiosa, desenvolvendo atividades que beiram ao “escravismo”. É o caso da Seita do Rev. Moon, a Família (antiga Meninos de Deus), o Templo dos Povos etc.
A Igreja Deus é Amor, com toda sua ritualística e imposição doutrinária, promove algo semelhante ao submeter seus membros a um fanatismo cego e quase doentio, proibindo-lhes de assistir televisão, participar de festas ou mesmo ir à praia. O motivo pelo qual não há uma modernização nos padrões doutrinários da Igreja deve-se ao fato de que submetidos ao manto do fanatismo seus membros continuaram a ofertar e seguir fielmente os desmandos de seu líder máximo, o missionário David Miranda.
Na IURD, apesar da não-obrigatoriedade de se desenvolver uma vida religiosa pautada em usos e costumes, há problemas sérios relacionados às campanhas de prosperidade, como a fogueira santa que todos os anos arrecada milhões de reais e deixa famílias desamparadas, com a entrega quase que total de suas propriedades. Sendo não poucos os casos de ex-fieis que recorrem à justiça para reaver seus bens, com a alegação de indução ao erro.
Ausência da ética cristã
O maior problema relacionado às igrejas neopentecostais, e a IURD é o principal exemplo, é a ausência da ética cristã. Ela compreende diversos aspectos, desde a questão doutrinária até princípios morais defendidos pelo cristianismo bíblico. Augustus Nicodemos define a ética cristã nos seguintes termos:
“A ética cristã, em resumo, é o conjunto de valores morais total e unicamente baseado nas Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta neste mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo. Não é um conjunto de regras pelas quais os homens poderão chegar a Deus – mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já o redimiu. Por ser baseada na revelação divina, acredita em valores morais absolutos, que são à vontade de Deus para todos os homens, de todas as culturas e em todas as épocas.”
A ética cristã pressupõe defesa dos bons costumes, da moral e de uma vida pautada nas Escrituras Sagradas. Aí temos a questão da defesa da vida, da família e da sociedade como pertencentes a Deus. Questões como o casamento e o aborto são uma das problemáticas quando comparamos a IURD a outras denominações cristãs. Com base em fatos puramente comerciais (digo “comerciais” no sentido literal da expressão), a IURD deixou de ver a vida como elemento máximo das decisões humanas, para transformá-la em uma oportunidade de negócio. A defesa do aborto nada mais é do que uma estratégia, um meio encontrado pela igreja para atrair católicos descontentes com sua religião. É com base em tais parâmetros que a Igreja Universal se define, delineando para o mundo que tipo de indivíduos frequentam seus templos.
São esses mesmos indivíduos que traem seus cônjuges, segundo pesquisa realizada pelo BEPEC – Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã. De acordo com o estudo, a porcentagem de neopentecostais que afirmam terem alguma vez praticado infidelidade conjugal é de 26,51%, contra os 21,43% de pentecostais. Os dados revelados pela pesquisa comprovam que a ausência de um discipulado eficiente e ética cristã nas igrejas neopentecostais, resultam em uma massa crua e sem vida composta por indivíduos das mais diferentes confissões religiosas que procuram seus templos atraídos pela propaganda de prosperidade e cura divina. Uma nova reforma se faz mais que urgente.
Notas
1. CORAZZA, S. Templo é Dinheiro, Curitiba. Revista Ideias, maio de 2011
2. COELHO, I.G. Neopentecostalismo, Campinas – SP. Palestra ministrada em abril de 2004 na Faculdade Teológica de Campinas.
3. MARINHO, R. Evangélicos, quem são eles, por que crescem tanto e o que essa expansão significa para o Brasil e para o mundo. São Paulo – SP. Revista Super Interessante, fevereiro de 2004, pág. 55
4. MARINHO. W. Pontos Discutíveis do Movimento Neopentecosta. Ipatinga – MG.
5. Comissão Permanente de Doutrina da Igreja Presbiteriana do Brasil. Igreja Universal do Reino de Deus – Sua Teologia e Sua Prática. S. Paulo: Editora Cultura Cristã, 1997, p. 28
6. A Ciência dos Transes. São Paulo – SP. Época, abril de 2003 págs. 73 e 74
7. NICODEMOS A. Ética Cristã. São Paulo – SP. O Tempora, O Moraes, 2010.
fONTE: http://brasilmetodista.ning.com/profiles/blog/show?id=2318185%3ABlogPost%3A187280&xgs=1&xg_source=msg_share_post

O pecado da era pós-cristã

por Ariovaldo Ramos


Num desses dias, alguém me perguntou como se deve proceder quando em pecado. Respondi o óbvio: arrepender-se. A pessoa contestou dizendo que o pecador também é vítima e precisa ser entendido como tal.
Essa me parece ser a discussão dos dias correntes: pecador ou vítima?
A Bíblia reconhece que qualquer pessoa pode ser vítima do pecado de alguém ou mesmo da conjuntura social, ou da estrutura politico-econômico-social, porém, não entende que isso possa justificar qualquer ato pecaminoso. Para a Bíblia todo ser humano é sujeito da e na história, principalmente, de sua história. Todos são pessoalmente responsáveis, ainda que possa haver atenuantes ou agravantes.
Para a Escritura Sagrada o que se pede do pecador é que se arrependa, isto é, que assuma o seu erro e a sua responsabilidade. Arrepender-se é aceitar a punição da lei. Um pecador arrependido é aquele que admite merecer a punição que a Lei de Deus prescreve para ele. Que, em última instância, é a morte: “A alma que pecar, morrerá.” Ez 18.4.
O Novo Testamento, entretanto, nos ensina que todo o pecador que se arrepender, isto é, todo o que admitir e confessar o seu pecado será por Deus perdoado, como ensina o apóstolo João. 1Jo 1.9. E, por ser perdoado por Deus, deve ser perdoado pelo ser humano a quem ofendeu. Entretanto, o pecador não tem como exigir o ser perdoado. O pecador pede perdão, mas, não o exige; pelo simples fato de que perdão não é um direito do pecador é uma benesse do ofendido. Porque perdão é graça.
É verdade que o cristão não tem como não perdoar. Mt 6.12. Contudo, essa é uma questão entre a vítima e Deus. Além disso, o pecador não tem o direito de reclamar do sofrimento de que foi acometido como conseqüência de seus atos - no relacionamento ofensor e ofendido (isso não justifica o ofendido, caso sua reação seja pecaminosa). É a lei da semeadura: “Semeia-se vento, colhe-se tempestade.” Os 8.7. E é preciso que se diga que, por pior que seja o sofrimento que o pecado venha a provocar sobre o pecador, ainda é menor do que o Inferno ao qual ele fez jus.
Todo o que confessa o seu pecado será perdoado e restaurado por Deus. 1Jo 1.9. Porém, confessar é assumir a responsabilidade e admitir a justiça da punição pelo que fez. Ainda que a punição não virá pelo fato de já ter sido sofrida por Cristo.
Nesta época tal reflexão está se tornando impensável: porque vivemos numa era de vítimas. Hoje, não importa o erro que a pessoa cometa, ela é sempre vítima: seja da sociedade, seja da história, seja da economia, seja da política, seja das instituições, seja da família. Ninguém é culpado. Logo, como alguém disse: é uma época em que ninguém assume a responsabilidade, nem adia prazeres e nem se presta a sacrifícios.
Essa época é pós-cristã não porque não se fale mais de Deus, pelo contrário, provavelmente, poucas vezes na história se falou tanto de Deus, mas, porque não se fala e nem mais se admite a realidade do pecado. Esta é uma era onde não há mais pecadores, só há enfermos. É o auge do humanismo: o pressuposto de que o ser humano é intrinsecamente bom venceu; e, ora, gente intrinsecamente boa não peca, adoece. E doentes são vítimas.
O que ainda não se percebeu nesta presente era é que doentes não podem ser perdoados. Só pecadores podem ser perdoados. Logo, só pecadores podem ser restaurados; só pecadores podem ser tornados puros de toda a injustiça que cometeram. O que será dos que estão prontos para assumir que estão enfermos, mas, jamais que são pecadores? A probabilidade maior é a de continuar pecando cada vez mais e pior, contraindo, aí sim, uma doença para a qual não há cura: a voracidade de ser aceito de qualquer jeito, por julgar ter o direito de ser de jeito qualquer. Essa enfermidade coloca a pessoa a deriva dos mais grotescos apetites, tornando-a escrava dos instintos, que se tornarão cada vez mais irresistíveis. É a escravidão do pecado. Jo 8.34. E disso só se escapa quando, finalmente, a todos os pulmões o pecador confessa: “Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa”.


Fonte: http://brasilmetodista.ning.com/profiles/blog/show?id=2318185%3ABlogPost%3A185364&xgs=1&xg_source=msg_share_post

Assembleia de Deus seria um partido com 73% de sucesso


Antes das eleições de 2010, a Assembleia de Deus escolheu 30 pastores e líderes como candidatos, elegeram 22, um percentual assombroso de 73,3% de sucesso.
Reunidos todas às terças-feiras à tarde, 22 deputados federais, de 15 diferentes Estados, discutem como se posicionarão frente a determinadas pautas e que medidas tomarão para defender os interesses de seu eleitorado. Eles não representam um Estado, ainda que sua bancada seja maior ou igual que a de 20 das federações brasileiras. Também não pertencem a um mesmo partido, mas sua força nas urnas os permite até mesmo ir contra a indicação das siglas em questões que lhes são caras. A Assembleia de Deus (AD), maior denominação evangélica pentecostal no Brasil, comemora seu centenário em 2011, e sua bancada, que lidera a Frente Parlamentar Evangélica na Câmara, representa 22,5 milhões de brasileiros.
Antes das eleições de 2010, o deputado federal Ronaldo Fonseca (PR-DF) reuniu-se com José Wellington Bezerra, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus, para escolher pastores e lideranças da igreja com bom potencial eleitoral. Fecharam a lista em 30 nomes. Conseguiram eleger 22 deles, um percentual assombroso de 73,3% de sucesso. Não há partido político no Brasil com tamanho êxito: o PT, por exemplo, dono da maior bancada da Câmara, lançou 334 candidatos a deputado federal e elegeu 88 deles (26,3%). Dos 73 deputados que compõem a bancada evangélica, os assembleianos são um terço. Seu presidente, o deputado federal João Campos, é seguidor da igreja.
Com seu eleitorado cativo, os parlamentares ligados à AD podem se dar ao direito de contrariar a orientação partidária quando convém ao seu grupo. Segundo Fonseca, presidente subdivisão ligada à igreja na Câmara, “temos um acordo com nossos partidos: se o que está em pauta na Casa atentar para alguma questão moral, temos independência. Foi assim que derrubamos o kit gay”. O deputado se refere à suspensão da produção e distribuição do kit anti-homofobia, produzido pelo ministério da Educação para distribuição nas escolas. À época, os parlamentares chegaram a ameaçar adesão à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), movida pela oposição, contra o ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, acusado de súbito enriquecimento. Quase toda a bancada evangélica, 63 parlamentares, faz parte de partidos da base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). “Os partidos sabem que não tem como segurar esses deputados. Falou em aborto, descriminalização da maconha ou casamento gay, os evangélicos votam contra. O PSC é base do governo Dilma, mas nem adianta pedir apoio nessas questões”, observa o vice-presidente do PSC, pastor Everaldo Pereira.Para o segundo semestre, os evangélicos devem, novamente na esteira de atuação dos adeptos da Assembleia de Deus, encampar duas pautas. Uma é a elaboração de versão “alternativa” ao projeto de Lei 122, sob relatoria da senadora Marta Suplicy (PT -SP), que criminaliza a homofobia: “Queremos que o empregador possa estabelecer critérios para não contratar alguém. Inclusive por diferenças de religião ou opção sexual”, afirma Fonseca, e continua: “Se você não quiser me contratar por eu ser pastor, tudo bem. Mas quero ter o direito de, caso eu tenha uma empresa só com homens, não contratar gay”. A outra é promover um plebiscito nacional que substitua a aprovação do Supremo Tribunal Federal, que julgou constitucional a união civil entre pessoas do mesmo sexo. A reivindicação dos deputados evangélicos ganhou fôlego e substância após a divulgação, na semana passada, de pesquisa do instituto Ibope Inteligência, que revelou que 55% dos brasileiros são contra a união estável para casais homossexuais. O percentual de contrários sobe para 77% entre evangélicos.
Por ora, os assembleianos se dizem satisfeitos com a presidente Dilma: “Ela não nos “peitou” quando fomos pra cima, no caso do kit gay. Então está bom”, diz Fonseca. “Agora, precisa nos receber. Passaram-se seis meses e a gente só conversa com o Gilberto Carvalho [ministro da Secretaria-Geral da presidência]“, observa o pastor Everaldo.
Rondônia é o Estado que abriga mais parlamentares ligados à AD, em termos absolutos e proporcionais: três de seus oito deputados federais pertencem à igreja. O PSC, com oito deputados, é o partido preferencial. Na sequência, aparece o PR, com quatro deputados – a sigla tem em suas fileiras muitos evangélicos, mas a maioria é de presbiterianos, como o deputado federal Anthony Garotinho (RJ).
Essencialmente, os parlamentares da AD recorrem a três estratégias na hora de arrecadar fundos para a campanha eleitoral: doações em quantias menores, vindas de simpatizantes; empenho de recursos próprios; ou doações dos próprios partidos, um recurso para escamotear recursos vindos de empresas. Um dirigente partidário, sob a condição do anonimato, explica: “Tem muito preconceito contra o evangélico. Então, as empresas ajudam, mas preferem não serem vinculadas diretamente ao candidato. Doam para o partido e a gente repassa”.
Destaca-se entre os recebedores de pequenas quantias o deputado federal Paulo Freire (PR-SP), filho do pastor José Wellington: das 350 doações que recebeu na campanha de 2010, 304 eram em valores de até R$ 400, segundo sua prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. Zé Vieira (PR-MA) foi quem mais empenhou dinheiro do próprio bolso, nada menos que R$ 310 mil dos R$ 333 mil de sua receita. O campeão em recebimento de repasses partidários foi o deputado federal Filipe Pereira (PSC-RJ). Dos R$ 3,2 milhões que recebeu, R$ 9 mil foram doados pelo presidente regional do PMDB no Rio, Jorge Picciani. O resto veio do PSC. Foi também o maior arrecadador do grupo, cuja média de receita nas eleições foi de R$ 575,2 mil.
Fonte: Rondônia Dinâmica / Folha Gospel

PARA QUEM GOSTA DO QUE É SIMPLES...

 
Não se preocupe com Deus. Ele cuida de Si mesmo. Ele se defende. Ele é maior de idade.

Não se angustie por Deus. Ele não se transtorna e nem se abala.

Não defenda Deus. Se Ele não defender a Si mesmo, por que haverá você de fazê-lo? Você tem melhores argumentos?

Não se aflija em fazer Deus compreensível. Isto não é possível. Ele revela a Si mesmo ou nada é discernido.

Fale de Deus como Ele fala de Si mesmo.

Fale de Jesus como Jesus falou de Si mesmo.

Fale do Evangelho como ele fala em si mesmo.

Nunca discurse Deus. É obra de artífice de ídolos de linguagem.

Nunca filosofe Deus. É a louca-loucura dos sábios, que é a maior insensatez para Deus.

Nunca doutrine sobre Deus. É melhor oferecer bula de remédio a um doente analfabeto.

Confie sempre na verdade. Ela é invencível.

Confie sempre no amor. Ele é de Deus; pois Deus é amor.

Confie sempre que a paz é a melhor arma e a melhor defesa.

Creia simples e tudo será maravilhoso.

Creia complexo e você jamais terá alegria.

Creia, apenas creia, e tudo passará a ser possível.

Mas, sobretudo, seja sincero com Deus e com você mesmo, pois, sem isso, nada acima é verdade.

Pense nisto.


Fonte: Blog do Caminho - Acesso em 10/08/11 - 13:51 Hs